"Foi você que mexeu no meu baixo" e BBIMB em SINOP.

         Poisé amigonautas, mais um dia que se vai mais uma semana que começa. Boa noite. 

No fds que acabou de acabar BBIMB foi tocar na abertura do show do Raimundos, lá na cidade de SINOP a convite da Matomusic Produções e do Bar Xingú. Coisa fina, produção de primeira rolê alto nível: dois dias pra entrar na história, da cidade e da nossa, craro.

Voltemos!

         Poucos dias antes de partir para o show que aconteceu no dia das crianças, Incrível Magro correndo no desenrôlo logístico para toda a equipe BBIMB teve um estálo no próprio célebro: vou ligar para ALISSÃO MATOMUSIC ex-comunista gente-fina e ver se róla uma carona com os caras do Raimundos, né? Dessa maneira economizamos um petróleo e facilitamos pro cara que paga a conta. Resposta: DEMORÔ Magro, toma aqui esse fone e combina direitinho. As 7h da manhã estávamos prontos e com caras mal dormidas no Hotel Fazenda Mato Grosso, batendo a perna em pequenos tremiliques contínuos incessantes fumando cigarros interminantes. Eis que aparece passando ao fundo de lá pra cá Digão: pedação de carne branca cavanhaque criado semblante de nego responsa. Loucura, o cara tá bem ali.

         Billy Brown em seu interminável ímpeto em busca do que há de bom e de melhor nesse planeta foi lá na recepção do hotel pra assuntar sobre o grandioso café da manhã de toda a banda BBIMB mas ao entrar no recinto novamente Ele, esparramado no sofá bem tranquilo cofiando levemente o lado direito da barbacavanhaque e deslizando os dedos da guitarra pesada dos Raimundos no seu smarthphone. Claro que Billy esqueceu do café e foi logo puxar conversa com o moço. Nesse momento o primeiro encontro entre seres de diferentes gerações porém da mesma espécie, ambos guitarristas/cantores sobreviventes do habitat seco quente do cerradão brasileiro: Digão do grandioso planalto central, Billy Brown da baixada cuiabana. Momentro transcedental, luz de cinema, corte. Billy pra sempre lembrará. Próxima cena: o primeiro encontro entre Magrásso e Canissão. Magróts sentado tranquilo em sua poltrona, quetinho sem fazer barulho, cabreiro no meio de gente desconhecida eis que ouve: E AI MANO, FOI VOCÊ QUE MEXEU NO MEU BAIXO? Corta pro Magro, semblante de tensão total cu na mão voz de Anderson Silva: não cara. Corta. 

         Depois dessa introdução que vale ser lembrada, começamos a viagem e tudo correu muito bem. Nos primeiros quilômetros BBIMB e Canisso compuseram a turma do fundão enquanto falavam bobagens sobre rock antigo, sobre a noite de ontem e sobre as fitas da v|d4l0k4.

         14h em Sinop e lá estávamos nós: no rancho da ACRINORTE pra passagem de som. Atrasa daqui, demora de lá, chove de acolá e o tempo vai passando. Enquanto a técnica do Raimundos montava tudinho pros caras, Canisso gente fina pra mais de metro ficou lá proseando com a gente, respondendo as perguntas para nossos ouvidos super atentos e perguntando coisas para ouvir as respostas das nossas bocas inquietantes. Fudeu estamos atrasados. BBIMB corre pra janta no Calangos abraço pros camarada, corre pro banho no hotel, descança 30 minutos, pega um táxi rumo ao show.

         Chuva fina cai em SINOP mas isso não é incômodo pra ninguém, principalmente pro público super caliente de SINOP que não perde um rock por nada. Aquece daqui toma um esquenta-esqueleto dali e vambora, tá na hora do show: Abrem-se as cortinas, o local está LOTADO, todo mundo com a mão pra cima, começa a patifaria, gritaria e presepada pra todos os lados. FOI FODA. A animação a seguir dá uma noção no estrago e da força da platéia (tum dum tsssss)

         O show do Raimundos é um espetáculo a parte. Não tem como falar usando argumentos racionais. Vê-los palco é trazer novamente o lastro de memórias que foram vividas escutando o som desses caras. É a trilha sonora de toda nossa juventude. BBIMB entrou na roda-punk, pulou, cantou e se divertiu. É tipo ter 15 anos novamente, no corpo e na mente. Alegria sem fim que dura pouco mas que fica guarda eternamente. <3
         Fim da noite, fim do evento, entra no ônibus de volta pra casa. Acorda 7 horas depois em Cuiabá, se despede de todo mundo e pisa no asfalto quente do aeroporto. Descemos da nave que nos levou por um sonho, daqueles de moleque que viaja e projeta dentro da cabeça um futuro onde poderá transformar isso em rotina. É sério, fortes emoções guardadas forever.

         É isso amiguinhos, vontade de continuar escrevendo esse post e contar mais e mais coisas legais que aconteceram mas como isso aqui é um blog não um livro, vamos ficando por aqui. Grande e forte abraço aos que foram, a todos os produtores envolvidos, ao pessoal da The Garden que colou junto e deu o suporte que precisávamos, a existência de lendas como Digão e Canisso e mais um monte de gente que não cabe aqui. FOI FODA JAMAIS ESQUECEREMOS.

Uma imagem pra finalizar o post. Essa aí vale mais do que todas as palavras.

Forte abraço SINOP, disk antes do fim do ano estaremos aí novamente.